Segundo o dito popular,
todo o (bom) crioulo é atrasado. Característica que Daniel do Rosário Medina
abstraiu da sua personalidade há anos.
A ilha montanhosa de
Santo Antão foi a terra que o viu nascer a 13 de Outubro de mil novecentos e qualquer
coisa.
A primeira palavra, a
primeira queda foram auscultadas pelos vales da ilha mais montanhosa do
arquipélago de Cabo Verde.
Com 7 anos, acompanhado
da mãe, ruma-se à ilha vizinha: São Vicente. Ali faz os seus estudos primários.
Os secundários, no segundo liceu nacional: Gil Eanes. Durante este percurso
desempenha a função de presidente de um grupo desportivo e cultural.
O seu amor pelo
jornalismo cedo se fez notar. É nesta época que cria o programa radiofónico
“Olá meninos”, ainda hoje transmitido a partir da rádio nacional.
Aos 19 anos emigrou para
Portugal a fim de continuar os estudos, onde se licenciou em Ciências da
Comunicação, vertente Jornalismo Internacional, pela Escola Superior de
Jornalismo.
Daniel Medina é
pós-graduado em Direito da Comunicação pela Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra e em Diplomacia, pela mesma universidade. É mestre em
linguística pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova
de Lisboa e doutorado em Ciências Políticas pela Universidade de Santiago da
Compostela, Espanha.
Durante a estadia em
Portugal desempenhou as funções de professor universitário, diretor das rádios
“Festival” e “GFM” e de um centro profissional no Porto, além de ter sido
distinguido como o primeiro produtor cabo-verdiano de uma longa-metragem, com o
filme “Flagelados do Vento Leste”, do escritor Manuel Lopes.
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Foto DR |
Entre idas e vindas, no
ano 2005, Medina volta definitivamente à pátria que o viu nascer.
De 2006 a 2007 esteve à
frente da emissora nacional de televisão e seguidamente a do jornal “ Jornal de
Cabo Verde”.
Por algum tempo usufrui
do seu diploma de pós-graduação e desempenha a função de conselheiro
diplomático do Ex-Primeiro-ministro José Maria Neves.
Daniel Medina é professor da Universidade de Cabo Verde, cronista, poeta, diplomata, formador, analista social e
político, vice-presidente da Academia Cabo-verdiana de Letras (ACL) e membro da
Sociedade Cabo-verdiana de Autores (SOCA).
No seu tempo livre, que
diz não ser muito, dedica-se à leitura, escrita e idas ao cinema e concertos.
Para o futuro pretende
consagrar mais tempo às causas sociais e publicar mais livros.